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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

OS PERCURSOS DO CORPO NA CULTURA CONTEMPORÂNEA



A autora no artigo nos apresenta uma análise sobre as características de um padrão físico-corporal considerado como ornamental da corporeidade considerada, como canônica no final do século xx de acordo com os meios de comunicação de massa. Onde é tido como desejável e sinônimo de beleza, saúde e bem-estar.

Nos mostra que o corpo canônico é em essência, resultado de um conjunto de investimentos em práticas, modos e artifícios que visam alterar as configurações anatômicas e estéticas e de como essa corporeidade é ilustrada pelo corpo feminino idealizado aos apelos midiáticos, sobretudo no discurso publicitário em elementos relacionados á juventude e ao vigor.Ressalta ainda a autora que os padrões que hoje definem o corpo canônico da mídia são passiveis de alterações ao logo do tempo e nos mostra também a dificuldade das mulheres deficientes físicas em se afirmarem como pessoa, cidadã e mulher em um contexto social e culturalmente marcado por uma corporeidade feminina canônica. E que para compreender o sentido da corporeidade canônica da cultura de massa é fundamental compreender o percurso do estatuto do corpo no Ocidente até sua elevação de culto e investimento de afeições simbólicas.

Mostra que o fenômeno do culto ao corpo parte de um estágio em que o corpo é demonizado, escondido fonte de vergonha e pecado e culmina com o corpo das academias e sua explosão de músculos e de como o corpo se consolida na segunda metade do século XX em conseqüência das mudanças de paradigmas gerados pela reconfiguração do mapa geopolítico do mundo após a Segunda Guerra.

Em um segundo momento Malu Fontes analisa a idéia de corpo canônico como equivalente a uma determinada corporeidade físico-anatômica predominante na cena sociocultural contemporânea e corresponde a um modelo de construção da identidade e da imagem próprio das últimas décadas do século xx e que é através das mídias que as modalidades físicas são disseminadas conquistando todas as classes sociais, regulados pelo poder aquisitivo de cada indivíduo.

A LUTA ARTICULATÓRIA ENTRE A VELHICE E TERCEIRA IDADE



Annamaria Palacios  aborda em seu texto o processo de luta articulatória entre o vocabulário velhice e a expressão terceira idade,tendo como palco do discurso o publicitário de cosméticos.
O texto identifica ainda os pontos de tensão entre as duas terminologias e analisa a gradual substituição de um termo por outro.
Lendo o texto percebemos que ainda que aponte para a etapa final da vida, a nomenclatura terceira idade faz desaparecer a alusão direta a vocábulos tão semanticamente marcados, como velhice, senilidade e envelhecimento. E que a partir da expansão do tempo de vida ou elasticidade de seu limite biológico e prolongamento ,sua duração média para ao final da faixa dos setenta para os homens e início da faixa dos oitenta para as mulheres, torna-se um elemento desencadeador de conseqüências sociais consideráveis na contemporaneidade.
Nos faz refletir que embora no passado fosse visto como um último estágio homogêneo da vida, dominado também pelo que se intitula morte social, a velhice, atualmente, é um universo altamente diverso, composto de aposentados precoces e médios, idosos capazes e idosos com vários graus e formas de limitação. E que a terceira idade se estende na direção de grupos mais jovens e de grupos mais velhos e redefine de forma substancial o ciclo de vida de três modos: o primeiro deles contesta a saída do mercado de trabalho como um critério etário definidor, o segundo, diferencia os idosos fundamentalmente em termos de seu nível de limitação física, nem sempre relacionado com a idade.e o terceiro, obriga à distinção entre várias faixas etárias, cuja diferenciação real dependerá muito do capital social, cultural e relacional acumulado durante a vida.

Percebemos que foi de fato a partir do domínio lingüístico da prática discursiva publicitária,especialmente circunscrita à ordem de discurso da publicidade de cosméticos,que ressalta-se uma espécie de luta articulatória entre o vocábulo velhice, seu simbolismo, e a expressão terceira idade, como uma forma emergente de interpretação para o fenômeno do envelhecimento, liberto de suas conotações negativas. Sobre os processos de luta articulatória, se evidencia que os novos elementos (no caso, o uso lingüístico da expressão terceira idade) são constituídos mediante a redefinição de limites entre os elementos antigos, que circunscrevem as fronteiras semânticas da cristalizada interpretação para o fenômeno do envelhecimento, representada pelo vocábulo velhice.
No processo de luta articulatória entre os termos há uma ação de convivência entre eles. O ato de conviver em uma mesma ordem de discurso e ter sido observado em um esmo corpus pode ser representado por uma simples correlação, que nos permite afirmar que o fato de se chegar à velhice (A) implica também ter-se chegado à terceira idade (B). Ou seja, que A implica B. Contudo, as situações que caracterizam o gradual afastamento semântico entre os termos, requerem uma reformulação da equação acima construída, por não nos permitirem afirmar que B implica A.






REFLEXÕES SOBRE O LIVRO CORPOS MUTANTES

UMA ESTÉTICA PARA CORPOS MUTANTES.

O texto do professor Edvaldo Couto nos mostra claramente como estamos no tempo da beleza,no culto ao corpo belo e se possível perfeito na sua utilidade,qualidade de vida e na sua estrutura com formas e sintonia harmoniosas, capazes de não excluir seu “dono” do campo da estética cuja linha tênue liga-se a arte ,a beleza e a perfeição.

Nos faz perceber que para nós ocidentais,nosso corpo se tornou o lugar da nossa identidade e seu modo de ser. E de que nossa época se rende aos diversos cultos que celebram e festejam a corporalidade. Das práticas esportivas ao uso proliferado do silicone e as cirurgias plásticas muitas técnicas e terapias servem para hipervalorizar e pavonear o corpo em todos os lugares,ambientes e muito na Internet – o mundo virtual.

Uma das coisas mais naturais do mundo, como se costuma dizer, é afirmar que estética tem algo a ver com o belo, a beleza, em ser bonito ou ser bonita. De fato, as nossas cidades de hoje estão cheias de institutos de estética, locais para onde se vai para cuidar da pele, do rosto, do cabelo, locais de embelezamento. Assim, numa cultura das aparências, se construiu uma espécie de culto à beleza, que os meios de comunicação de massa, em especial a televisão, se encarregam de disseminar.

Esse universo fashion, de aparências sedutoras, exalta uma estética de corpos de passagem, convertidos em modelos a serem perseguidos

Retenhamos, então, desde já, essa ligação que fazemos, sem nenhum questionamento, entre estética e beleza ao iniciarmos este singelo comentário.

Isso porque a todo instante somos convidados a administrar a própria aparência, a superar e redesenhar formas físicas. Tornou-se imperativo Ter um organismo camaleônico, sujeito ininterruptamente às transformações. As imagens promocionais do corpo mutante, em toda parte, evocam os muitos modos em que esse objeto pode ser manipulado e agenciado, em nome de uma perfeição sempre distante e, talvez por isso mesmo, cada vez mais desejada.

Coube então a informática,a robótica e a engenharia genética a importante tarefa em manter o culto ao corpo aperfeiçoando-os de modo que esses corpos sejam corrigidos ,dinamizados,potencializados pela tecnociência.
Assim sendo essa estética hegemônica enfatiza que somente o corpo revisado ,corrigido e projetado pelas técnicas ,comercializado até em varejo,é digno de valor e celebração.

Com isso as pessoas não aperfeiçoadas pelas próteses eletromecânicas ,químicas ou genéticas passam a ser vistas como inferiores ,obsoletas e até subumanas! Talvez esses “restos humanos” como são considerados não sobrevivam muito tempo pois serão sempre depreciados e considerados feios,envelhecidos ,doentes e inválidos. Em contrapartida ,os corpos que são corrigidos e mantém –se inseridos sob a lógica do consumo que são deflagrados novos hábitos e comportamentos,onde cada um passa a ser responsável pelo gerenciamento da sua aparência e sua dinâmica física e mental porém com o peso dessa responsabilidade cada um também passa a ser avaliado,exaltado,julgado ,acusado e ,às vezes,condenado,pelo corpo e pela saúde que tem.




sexta-feira, 20 de agosto de 2010

OFICINA DE BLOG 20/08/2010

Depois do encontro com a professora Silvana Goellner, no final de semana passado onde dialogamos sobre O Corpo Produtivo, O Universo Ciborgue, as Alterações dos Perfis corporais ...
Estamos hoje aqui na oficina de Blog com Daniel. Muito bom!