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domingo, 3 de julho de 2011

REDES SOCIAIS

Após o surgimento da internet, Tim Berners-Lee (idealizador da web) tinha como propósito inicial o compartilhamento de arquivos com seus amigos. Os e-mails apareciam como a primeira forma de relacionamento na internet. Também conhecida como correio eletrônico (tradução da palavra e-mail para português) essa forma de interação entre os usuários é mantida até os dias de hoje.

Com o passar dos anos e o aumento considerável no número de internautas, foi sentida a necessidade da criação de uma ferramenta de comunicação mais abrangente e que permitisse uma ampliação nas redes de contatos. Haja vista que as mensagens eram limitadas somente a usuários dos quais se tinha o endereço eletrônico, por esse motivo as mensagens recebidas não poderiam ser repassadas com facilidade.

O crescimento das redes sociais acompanhou a necessidade de interação, bem como a troca de informação. São esses espaços que proporcionam ambientes virtuais de aprendizagem através dos fóruns de discussão, chats e blogs. As redes sociais podem sim contribuir com a educação no momento em que estimulam mudanças nos métodos e formas de ensinar e aprender.  

CONCEITOS DA CIBERCULTURA

Um mundo virtual, no sentido mais amplo, é um universo de possíveis, calculáveis a partir de um modelo digital. Ao interagir com o mundo virtual, os usuários o exploram e o atualizam simultaneamente. Quando as interações podem enriquecer ou modificar o modelo, o mundo virtual torna-se um vetor de inteligência e criação coletiva. ( Lévy, p. 75)


A cibercultura é a relação entre as tecnologias de comunicação, informação e a cultura. Trata-se de uma nova relação tecnologias e a sociabilidade, configurando a cultura contemporânea ( Lemos, 2002).

É na internet onde tudo acontece. Nesse espaço se tem de tudo e essa rede está em todos os lugares. Tudo comunica e tudo esta em rede: pessoas, máquinas objetos, cidades... Mas como diz Lévy, a cibercultura não é somente a cultura dos fanáticos da internet, é uma transformação profunda da noção de cultura.

As  expansões da cibercultura possibilita a distribuição e cooperação de bens simbólicos. Nesse espaço acontece a expansão da criatividade, onde todos são estimulados a produzir conteúdos.

Para Lévy o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento de jovens em todo o mundo, ávidos para experimentar coletivamente comunicações diferentes das mídias clássicas. E diante desse fato, se faz necessário a abertura de um novo espaço de comunicação onde se possa explorar as potencialidades mais positivas nos planos econômico, politico cultural e humano.





TECNOLOGIA COMO INSTRUMENTO, FERRAMENTA OU ESTRUTURANTE.

As novas tecnologias podem personalizar o formal. O  computador não é somente mais  um instrumento poderoso e educacional. As novas tecnologias devem assumir um papel importante na construção do conhecimento, pois as distâncias não existem mais. A aldeia global ficou pequena para troca de experiências no processo de aprendizagem. O uso das  TICs  possibilitam uma forma de interdisciplinarizar as áreas do conhecimento.

No texto da professora Lynn Alves ela coloca que apesar de muitas reflexões sobre o uso do computador na educação, existem escolas que trabalham só os aplicativos dando ênfase no como fazer. O domínio técnico é o que predomina. As experiências com os recursos tecnológicos estão desarticulados do projeto pedagógico da escola. Lynn ainda ressalta que a interação com as tecnologias exige uma nova compreensão do mundo, emergindo um novo tipo de inteligência que contemple a pluralidade, a complexidade, as diferenças e ambiguidades dos sujeitos possibilitando a participação, colaboração e a multiplicidade das visões de mundo.

As novas tecnologias precisam ser pensadas não mais como instrumentos que vão enriquecer uma aula nem tampouco como ferramentas de animação. A TECNOLOGIA deve ser pensada como  elemento estruturante que possui conteúdos globais evidenciando uma nova forma de pensar, uma foram de construção de saberes. O educador precisa esta atento a essa nova realidade e criar oportunidades na escola para a discussão e reflexão para que as tecnologias na educação não seja apenas como Pretto coloca “ apenas mais um recurso animador da velha educação, que se desfaz velozmente, uma vez que o encanto da novidade também deixa de existir”.


LOGOS CONTEMPORÂNEO E A PRÁXIS PEDAGÓGICA

Em cada espaço se aprende um pouco. Biblioteca, cantina, quadra, sala, corredores... Cada um com objetivos diferentes.  Aprendizagens distintas.  A sala de aula é o local onde os conhecimentos são associados, enriquecidos, sistematizados ou pelo menos deveria ser.

            No entanto, essa mesma sala de aula, muitas vezes é o local menos desejado, porém o mais necessário para a educação formal. Os demais espaços são vistos como locais de expansão das barreiras. Locais dinâmicos nas relações, enfim locais também onde se aprende, mas de maneira informal. Nos espaços fora da escola há mais aprendizagens do que nela própria. Portanto o saber vai além dos muros da escola.

            O papel das novas tecnologias tem sido fulcral, criando e reproduzindo ansiedades, sonhos e desejos. Estamos imersos no mundo da imagem e da sedução. Não precisamos mais sair de casa. A mídia, invade a nossa casa e nos leva para grandes viagens pelo mundo das novelas, da natureza, o mundo do dinheiro, da guerra e do amor. Como levar essas informações para sala de aula?

            Uma Pedagogia crítica, na busca de um olhar  ativo para essa mídia que nos invade com certeza contribuiria para uma educação mais prazerosa. Não com técnicas de leituras estéticas para análise de imagens e sim um repensar mais profundo, despertando no indivíduo um outro olhar, uma discussão, uma reflexão e não uma conformação para o que é apresentado.

 As novas tecnologias na escola precisa ser entendida, como espaço multirreferencial  de aprendizagens: lugar de relações múltiplas, mutáveis e dinâmicas complexas; momento de vidas compartilhadas que apresenta uma “cara” que se mostra em seu caráter físico, de espaço criado, com articulações entre seus próprios lugares estabelecidos; construção humana e para a humanidade.